O crime chegou antes
Passei um tempo pensando sobre a redução da maioridade penal. Infelizmente, poucos fazem o mesmo. Não refletem, apenas decidem: "17? 16? Não interessa, matou, paga!". Mas esquecem da morte a que esses menores (um dia maiores, quem sabe?) são submetidos todos os dias. Não são eles que escolhem entrar para o crime. O crime os escolhe. Porque foi o crime que chegou antes da escola de qualidade, dos serviços básicos, do esporte e lazer, da cidadania, enfim. Não defendo ninguém, que fique claro. Mas se você - que neste momento está navegando na internet com a sua coca-cola na mão e a TV a cabo ligada - só enxergasse o crime como um dos poucos meios de ter o "prestígio" que a sociedade não te dá e nunca te deu, aposto, teria se deixado escolher pelo mesmo caminho. Claro, não são todos. Salvo alguns exemplos. Eu mesma tenho dentro de casa um deles. Palavras de meu pai, que aos oito começou a trabalhar nas ruas: "Aos oito, dez anos, eu já tinha noção do que eu fazi